O Governo Federal lançou, nesta sexta-feira (11), o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) para, segundo o Executivo, diminuir a dependência do mercado internacional para este tipo de produto. Durante o evento, Bolsonaro voltou a defender a mineração em terras indígenas, apesar de estudos revelarem que as maiores reservas de potássio – minério mais requisitado para produção de fertilizantes – não estão dentro de Terras Indígenas.

“Nas minhas viagens pelo Brasil, em especial quando pouso em uma aldeia indígena, a repercussão é excelente perante eles. Eles praticamente já são quase como nós, querem se integrar, querem produzir em suas terras”, disse o presidente, durante a solenidade de lançamento.

Na noite de quinta-feira (10), em sua live semanal, Bolsonaro já havia comemorado a aprovação do regime de urgência na tramitação do Projeto de Lei 191/2020, que libera a exploração de recursos minerais, inclusive por garimpo, exploração hídrica e de orgânicos em reservas indígenas.

O projeto foi elaborado pelos ministérios da Justiça e Segurança Pública e de Minas e Energia, sem participação de representantes indígenas.

“Brevemente, a gente espera que tenha, aprovando esse projeto. A urgência aprovada [ontem] foi um grande caminho. Os indígenas com quem eu tenho conversado querem isso aí. Alguns, obviamente influenciados por ONGs, são contra, mas uma parte considerável dos indígenas querem fazer em sua terra o que um fazendeiro indígena faz em sua propriedade”, disse Bolsonaro durante a live.

Plano Nacional de Fertilizantes

Segundo o Palácio do Planalto, o Plano Nacional de Fertilizantes servirá de referência para o setor para os próximos 28 anos (2022-2050) e faz parte da estratégia do governo para reduzir a dependência do Brasil nas importações.

objetivo do PNF, de acordo com o governo, é “o desenvolvimento do agronegócio nacional,  considerando a complexidade do setor, com foco nos principais elos da cadeia: indústria tradicional, produtores rurais, cadeias emergentes, novas tecnologias, uso de insumos minerais, inovação e sustentabilidade ambiental”.

A elaboração do plano começou no início de 2021. Com a sua instituição, também foi criado o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas, órgão consultivo e deliberativo que coordena e acompanha a implementação do PNF.

(publicação do oeco.org.br)

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