Por Afonso Peche Filho* – Pesquisador Cientifico do Instituto Agronômico de Campinas.

A agricultura tropical, em particular a agricultura brasileira, vive um momento de transição no que se refere a eficiência ambiental de sistemas agronômicos de produção. Hoje a inserção da variável ambiental no modelo de gestão das propriedades busca atender exigências de mercado e acima de tudo a necessidade de recuperação dos territórios municipais com ênfase em bacias hidrográficas. O manejo ecológico do solo destaca-se como prioridade na construção cenários ambientais mais eficientes da agricultura. A condição básica para uma agricultura sustentável passa por entender de questões que envolvem o manejo das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo e principalmente dos efeitos impactantes da ocupação e uso contínuo das áreas de produção. O manejo das propriedades físicas do solo passa pelo entendimento de fatores como aumento contínuo da infiltração, aeração, agregação e permanência da cobertura. No manejo químico, entender de condições ideais para nutrição vegetal, adubação e fertilização é fundamental. O manejo das propriedades biológicas passa pelo entendimento sobre recuperação e manutenção da biodiversidade, suporte bioenergético e outras funcionalidades ecossistêmicas. Assim, para se ter uma agricultura considerada “sustentável” é necessário impor um modelo de manejo que preconiza uma contínua leitura contínua do desempenho ambiental das áreas produtivas.

    Os principais pontos de abordagem no entendimento de uma proposta de “manejo sustentável” do solo são:

– Solo como “patrimônio” da sociedade.

– Delimitação de “ambientes de produção” e “capacidade produtiva”.

– O conceito de agroecossistema aplicado nos ambientes locais.

– Estabelecer diretrizes para construção de um Plano de Manejo Ecológico do Solo nas quatro estações do ano.

– Práticas contínuas para o manejo físico do solo.

– Práticas contínuas para o manejo químico do solo.

– Práticas contínuas para o manejo biológico do solo.

– Estabelecer as bases para a transição agroecológica na propriedade agrícola.

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